Engenharia de confiabilidade: com ela sua empresa funciona sem falhas!

engenharia de confiabilidade

Como tornar uma empresa, processo, produto ou serviço confiável? Uma área que a cada dia ganha espaço nas empresas é a engenharia de confiabilidade. Os profissionais desta área estão cada vez mais valorizados, sobretudo porque trabalham com foco na eficiência.

Mas, para isso ser possível em sua empresa é preciso garantir que os riscos de falhas sejam nulos ou se consiga prever a probabilidade de ocorrerem.

E isso não se limita apenas às indústrias. Empresas de tecnologia como o Google, do setor de energia, gás e petróleo, também passaram a dar mais importância a estes aspectos.

Você sabe qual seria o principal motivo? Nós, os consumidores!

Em nosso dia a dia temos diversos exemplos do quanto valorizamos os produtos e serviços mais confiáveis. Da internet que não cai, da resistência de chuveiro que dura mais, até comprar algo em um site de loja virtual.

Tudo isso se reflete na confiabilidade enquanto grau de qualidade dentro das empresas.

Neste artigo abordaremos os conceitos de engenharia da confiabilidade para aplicações na gestão da manutenção industrial. Setor responsável por garantir que os equipamentos funcionem em sua plena capacidade e sejam confiáveis durante sua operação.

Vamos conferir melhor essa metodologia?

O que é engenharia da confiabilidade?

A Engenharia de Confiabilidade é a área de uma empresa que tem o objetivo de avaliar e otimizar os sistemas para serem confiáveis. Usa técnicas de análises oriundas da probabilidade e estatística.

Assim, aplica-se a Engenharia de Confiabilidade na manutenção de equipamentos industriais para garantir que eles atendam de forma consistente suas funções projetadas. Pelo período de tempo e nas condições necessárias ao processo de produção.

Qual a função da engenharia da confiabilidade?

A principal função da engenharia da confiabilidade é impedir que uma falha ocorra de forma inesperada. Ou seja, evitar que os problemas surjam antes do clico de vida útil previsto.

Dando um exemplo prático em uma máquina, podemos considerar um sistema rotativo. Ele contém componentes com vida útil pré-defina pelo fabricante. Rolamentos, mancais, engrenagens, correias de transmissão, entre outros.

Nem sempre estes elementos funcionam da mesma forma nos equipamentos. Mesmo que sejam iguais e empresas do mesmo setor. Logo, terão variação de durabilidade.

Há fatores do processo de produção e práticas de manutenção que interferem no desempenho destes componentes. O método de lubrificação, o tipo de lubrificante, a frequência de inspeções preventivas, carga e velocidade de trabalho, só para citar alguns exemplos.

Tudo isso é fator de confiabilidade no funcionamento do sistema. E depende de uma área que acompanhe, faça análises e provisione as potenciais falhas, antes que ocorram.

Quando uma empresa passa a olhar para os fatores que interferem no pleno funcionamento de suas máquinas, pode direcionar seus esforços de manutenção de maneira mais assertiva. Desse modo, estará praticando a RCM ou manutenção centrada na confiabilidade.

Mas para isso é preciso usar as ferramentas certas. E nesse caso não estamos falando de ferramentas manuais de manutenção, mas das técnicas de análises.

Principais ferramentas na engenharia da confiabilidade.

Para ter confiabilidade de um sistema ou equipamento é necessário uma modelagem efetiva. Em outras palavras, a Engenharia de Confiabilidade deve utilizar metodologias que possam responder duas questões: o que vai falhar e quando vai falhar.

Por isso, os Engenheiros de Confiabilidade devem saber quais ferramentas são mais eficazes para a análise do ciclo de vida do componente. Mas não basta saber só saber usar softwares de análises ou planilhas de dados.

É preciso encontrar as soluções para corrigir essas eventuais falhas ou melhorar aspectos do sistema mais suscetíveis ao erro.

As metodologias utilizadas na engenharia da confiabilidade podem ser divididas em duas:

Análises quantitativas

A análise quantitativa se refere às informações que podem se transformar em dados estatísticos utilizáveis. Logo, ela tem maior direcionamento para os resultados.

  • Análise Weibull: também conhecida como Análise de Vida. É uma ferramenta muito eficaz na análise de dados históricos. Com ela podemos descrever o tempo de vida dos componentes e fazer a distribuição de falhas com base em uma função matemática.
  • SRA (Análise de Confiabilidade de Sistema): é utilizada na gestão de ativos para analisar a interação entre componentes selecionados de um sistema.
  • RGA (Análise do Crescimento da Confiabilidade): faz a análise de crescimento da confiabilidade do ativo. Quanto mais confiável for o componente, maior será a probabilidade de funcionar corretamente, sem qualquer contratempo.
  • FTA (Árvore de Análise de Falhas): diagrama que determina a raiz de um problema e oferece ações corretivas antes de o erro acontecer. Começa por um grande problema até chegar no(s) evento(s) de origem da falha.
  • Análise do Modo de Falha, Efeitos e Criticidade (FMECA): a partir desse método é possível fazer uma série de ligações quantitativas entre possíveis falhas, bem como identificar suas causas.
  • Teste de Vida Acelerada (ALT): seu principal objetivo é acelerar o processo de falha para obter o máximo de informações possíveis sobre componente com uma vida útil longa.
  • Teste de Vida Altamente Acelerado (HALT): é similar ao ALT. Consiste em um teste acelerado de vida útil deu ativo para obter informações sólidas sobre durabilidade.

Estes dois últimos até poderiam ser considerados qualitativos, mas como podemos produzir dados quantificáveis deixamos aqui.

Importante: É muito comum os gestores tratarem as máquinas, os veículos, os equipamentos de escritório como ativos. No campo da manutenção industrial, considera-se também como ativo os componentes vitais para o funcionamento do equipamento. Sobretudo porque eles podem interromper todo um processo se falharem.

Análises qualitativas

Análises qualitativas envolvem a pesquisa de dados narrativos. Ou seja, observações que não representamos em um sistema numérico. É orientada aos processos.

  • FRACAS (Relatório de Análise de Falhas e Ação Corretiva): documento que registra as falhas e analisa os dados coletados.
  • RCM (Manutenção Centrada em Confiabilidade): método estruturado que estabelece as melhores estratégias de manutenção de um sistema ou componente.
  • FMEA (Análise de Modos de Falhas e Efeitos): método que utiliza causas e efeitos para prevenir falhas. Está técnica mostra as possíveis falhas críticas. Também os efeitos dos erros, juntamente com as causas e probabilidade de ocorrência.
  • 5W2h: ferramenta diagnóstica para verificar as causas de uma falha a partir das seguintes perguntas: O que? Quem? Quando? Onde? Como? Por quê? Quanto custa? A matriz 5w2h é muito comum na elaboração de planos de ação.

Quando estamos mesurando a confiabilidade de um sistema ou componente também utilizaremos alguns indicadores fundamentais:

1. MTBF (Mean Time Between Failures)

MTBF é o tempo médio entre falhas. Indica a média de tempo total de bom funcionamento entre as falhas de um equipamento. Portanto, trata-se de um indicador de manutenção que permite mensurar a confiabilidade da máquina.

Dessa forma, quanto maior o resultado do cálculo do MTBF, maior é a confiabilidade.

Clique no link para ver como calcular o MTBF.

2. MTTR (Mean Time To Repair)

MTTR ou tempo médio para reparos, mensura o tempo médio que a equipe de manutenção leva para devolver a máquina em funcionamento. Ou seja, é um indicador de manutenção para avaliar a capacidade da equipe em corrigir uma falha.

Por isso, ao contrário do MTBF, quanto menor o MTTR, melhor.

Também mostramos no link a seguir o cálculo do MTTR.

Engenharia de confiabilidade: por que é importante? Quais os benefícios?

Utilizar a engenharia de confiabilidade em sua empresa é importante para impedir que surjam falhas inesperadas. Ou seja, ela garante a confiabilidade dos ativos produtivos.

Contudo, existem outras razões também importantes se utilizar esse método na gestão da manutenção industrial.

Confira agora quais são as principais:

Redução de custos

Um dos principais fatores de custos altos nas atividades de manutenção em qualquer empresa é o excesso de manutenção corretiva. Por ser uma ação reativa, exige que a empresa tenha sempre disponível uma equipe de mecânicos e estoque com diferentes peças de reposição. Além disso, é o tipo de manutenção que mais provoca custos altos com compras emergências na empresa.

Nesse sentido a engenharia da confiabilidade contribui muito para o setor de manutenção reduzir esses custos. Visto que atua para impedir a ocorrência de falhas ao estudar ao comportamento das máquinas e sistemas.

Assim, possibilita que as paradas para trocas sejam programadas e o planejamento de estoque de componentes estratégicos seja efetivo conforme a de vida útil.

Maior qualidade nos processos

Com máquinas mais confiáveis, os processos de produção sofrem menos interrupção. Da mesma forma, é possível estudar melhorias em pontos críticos da máquina.

Se uma correia sempre rompe com o aumento de velocidade, por exemplo, os engenheiros de confiabilidade podem identificar a causa raiz para corrigir o problema. Mudar o tipo de correia ou acrescentar uma polia de apoio.

O fato é que a qualidade dos processos pode melhorar muito quando se atua para garantir que os equipamentos ou sistemas sejam confiáveis.

Se diferenciar da concorrência

Quando uma empresa tem processos eficientes e trabalha com ferramentas de qualidade foco na melhoria continua, seus produtos atingem níveis de excelência. Logo, se destacam no mercado e ganham a confiança do clientes.

Nem sempre o preço é o único parâmetro de decisão na compra. Atributos de desempenho, durabilidade, acabamento, precisão de fabricação, entre outros, também são considerados como critérios de qualidade.

E tudo isso pode ser alcançado com o uso das metodologias que apoiam os processos e direcionam as ações para a maior confiabilidade dos ativos.

Se sua empresa já adota a engenharia de confiabilidade ou quer implementar técnicas de manutenção que garantam maior eficiência na performance dos seus ativos, conheça o portfólio de produtos e serviços de contratos da ABECOM.

Somos a maior distribuidora de rolamentos SKF e especialistas em manutenção industrial. Temos uma ampla gama de soluções em ferramentas e componentes para sistemas rotativos nos mais diversos setores industriais.

Além disso, oferecemos aos nossos clientes contratos em serviços de manutenção preditiva e gestão de ativos. Entre em contato conosco e agende uma conversa com um de nossos especialistas.

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