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Carrinho de Rolimã é Brincadeira de Criança?

Quem disse que carrinho de rolimã é brincadeira de criança? No mês de junho aconteceu a Corrida de Mini Carros de Rolimã do Curso de Engenharia Ciclo Básico (matéria de projetos e atividades especiais), promovida pela Faculdade Mauá.

A competição, que contou com 18 equipes, teve como grande vencedora ao final de três etapas a Toretto’s, patrocinada pela Abecom.

A Abecom parabeniza a equipe Toretto’s, formada por Matheus Gardin Ceolin (piloto), Vivianna Príncipe dos Santos e Samuel Oliveira Veiga Junior pela conquista.

Patrocinadora da Equipe Toretto’s, Campeã da Corrida de Mini Carros de Rolimã.

Origem do carrinho de rolimã

Não existe ao certo um fato que comprove a origem do carrinho de rolimã no Brasil. No entanto, no final dos anos de 1960, cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, começaram a ver os primeiros exemplares nas ruas. Sobretudo por serem as primeiras cidades a terem ruas asfaltadas e tipografia de ruas em ladeira – principal fator para garantir a diversão com um carrinho de rolimã.

Figura 1 – Menino descendo a ladeira com carrinho de rolimã – Fonte: https://riomemorias.com.br/

 

Logo a brincadeira ganhou o gosto da molecada e várias corridas de carrinho de rolimã se difundiram por todo o Brasil.

E não era por menos, a receita era simples, bastava madeira e rolimãs (rolamento).

Aliás, a palavra rolimã ou rolemã tem origem francesa da expressão “roulement à billes”, o que para nós é o rolamento de esfera.

Esse é o elemento principal para garantir que o carrinho feito de madeira possa percorrer ladeira abaixo. Para consegui-lo era preciso ir em ferros-velhos ou desmanches de carros.

Posteriormente vieram versões que utilizavam rodas de borracha (carrinho de borrachão) e até rodas de bicicletas.

O fato é que o carrinho de rolimã tem uma estrutura similar ao Skate que também tem a composição madeira + rodinhas de rolamento. Talvez, de certa forma, tenha inspirado a criação desses carrinhos.

De brinquedo à Engenharia

Mesmo em décadas de supremacia dos brinquedos eletrônicos, o carrinho de rolemã sempre esteve presente no universo dos brasileiros. Bem verdade que hoje é algo mais “cult” ou “vintage” do que brinquedo de criança.

Mais um passatempo para adultos que ainda podem relembrar momentos da infância do que uma tradição cultural. As crianças hoje em dia não tem nem espaço (nem segurança) para jogar bola na rua, quem dirá andar de carrinho de rolimã.

Nesse sentido, em muitas faculdades de engenharia os alunos provem competições de carrinhos de rolimã para praticarem princípios aprendidos em sala de aula.

Até mesmo os professores incentivam a experiências como atividades complementares ou projetos integradores enquanto “proposta acadêmica que objetiva a produção do conhecimento por meio de inter-relações entre disciplinas de diferentes cursos.” (fonte: SpeedFAE: a engenharia por trás do “carrinho de rolimã” – disponível em: https://fae.edu/ )

E isso elevou os designs dos carrinhos para outro nível. Os acadêmicos atuam no desenvolvimento da capacidade de criação de geometrias de peças, dimensionamento de conjuntos mecânicos e elaboração de ficha técnica por meio da utilização de ferramentas computacionais em Laboratório de Computação Gráfica.

Assim, os alunos testam seus conhecimentos em engenharia e elaboraram o projeto, vista explodida, detalhamento de peças, ficha técnica e a construção do carrinho na oficina.

Carrinho de rolimã vai além da diversão

Iniciativas como essa também possibilitam a integração dos alunos com as comunidades vizinhas. Vai além dos conceitos técnicos e disciplinas curriculares para ser um engenheiro para o mercado de trabalho. Permite que os alunos tenham sensibilidade para a realidade de grande parte da juventude brasileira.

Veja mais: Catálogo de Rolamentos | Correias Transportadoras

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