A criticidade é definida como “característica do que é crítico” ou “o nível crítico de algo”. No setor industrial, o termo faz referência à gravidade das falhas em determinados equipamentos para a produção.
Essa é uma preocupação constante nas indústrias, pois quanto maior a falha, maiores serão as perdas financeiras. Além disso, há o impacto na imagem da empresa e na segurança dos colaboradores envolvidos no processo produtivo.
Acompanhe neste artigo o que é uma análise de criticidade no contexto da manutenção de equipamentos industriais e como fazê-la.
A criticidade na manutenção industrial se refere à identificação e hierarquização dos equipamentos em relação à importância que eles têm para a operação contínua de uma indústria.
Esta avaliação permite que os recursos de manutenção sejam alocados de forma estratégica, garantindo a disponibilidade dos equipamentos mais críticos, reduzindo seu tempo de inatividade não planejado.
Considera fatores como o custo de um equipamento parado, as perdas de produção, a frequência de falhas e o tempo de reparo necessário.
Dessa forma, é um pilar importante no planejamento e controle da manutenção – PCM, uma vez que compõe os parâmetros de dados relativos aos equipamentos.
O nível de criticidade é um fator que mostra a relevância de uma máquina para a produção de uma indústria. Isto é, o quão indispensável o equipamento é para manter a operação de uma empresa em níveis satisfatórios.
Um dos métodos mais comuns de classificação da criticidade de um equipamento é aquele que utiliza os níveis A, B e C.
Eles indicam o grau de importância que um equipamento tem e o tamanho do impacto que um defeito imprevisto nele pode causar para a empresa como um todo.
Esses níveis são definidos como tipos de criticidade:
Classificar a criticidade de equipamentos utilizando esses níveis, permite uma avaliação mais objetiva e uma definição mais clara das prioridades na distribuição de recursos de manutenção.
Agora vamos apresentar uma maneira prática para definir a criticidade em equipamentos. Para isso utilizaremos o conceito da Relação Curva PF (potential failure curve).
A Curva PF é um gráfico que mostra a relação entre a performance de um equipamento e o tempo em que ele opera.
Esta curva apresenta dois pontos de falha:
Conhecer a relação entre a performance do equipamento e por quanto tempo ele opera, vai ajudar na montagem da matriz de criticidade.
Os níveis de criticidade A, B e C devem ser colocados dentro de uma matriz de criticidade em associação a fatores de avaliação.
Esses fatores podem ser indicadores de manutenção como o MTBF e o MTTR, ou qualitativos como segurança e qualidade. A seguir um exemplo de como construir uma matriz de criticidade.
Fatores de Avaliação | Níveis de criticidade | ||
A | B | C | |
MTBF* | < 15 h | 15 h < MTBF < 30 h | > 30 h |
MTTR** | > 2 h | 1 h < MTTR < 2 h | < 1 h |
Qualidade do produto | Queda perceptível de qualidade gerando insatisfação dos clientes. | Queda imperceptível de qualidade, sem reclamações dos clientes. | Sem queda de qualidade. |
Tempo de utilização | Acima de 90% no período. | Entre 50% e 90% no período. | Abaixo de 50% no período. |
Condição de entrega | Causa parada na linha de produção, ficando sem alternativas no curto prazo. | Há parada na linha de produção, porém há alternativas de curto prazo. | Não há parada na linha de produção. |
Segurança e meio ambiente | Acidente grave e contaminação ambiental. | Acidente sem gravidade com baixo impacto ambiental. | Sem acidente e sem impactos ambientais. |
Se quiser saber mais sobre como calcular o MTBF e o MTTR, confira os artigos abaixo:
Exemplos de como calcular o MTBF
Exemplos de como calcular o MTTR
Após definir os critérios na matriz de criticidade e elaborar o plano de manutenção, é hora de atribuir as ações. Assim temos:
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Vimos que a análise de criticidade em equipamentos na manutenção industrial é uma abordagem estratégica que permite que as empresas otimizem a distribuição dos recursos de manutenção. Com base nela, será preciso traçar planos de manutenção para cada equipamento.
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